Interserxualiodade sob as lente da bioética e biodireito

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Hygina Josita S. de Almeida Bezerra e Gardênia de Almeida Galdino

Resumo

Na mitologia grega, Hermafrodito, conhecido por sua extrema beleza, é uma divindade grega híbrida, fruto de um fugaz caso de adultério entre Hermes e Afrodite, que, arrependida da traição, entregou o filho para ser criado pelas ninfas do monte Ida. Certo dia, ao vê-lo banhar-se nu em um lago, a ninfa aquática Salmacis apaixonou-se intensamente por Hermafrodito; porém, seu amor não foi correspondido. Consumida pelo desejo que aumentava a cada dia e pelo dissabor da rejeição, ela implorou aos deuses para que unisse seu corpo ao de Hermafrodito para sempre, e os deuses, atendendo ao seu pedido, fundiram-nos numa figura dupla de homem e mulher. Hermafrodito, pois, tornou-se o deus representante da fusão dos sexos masculino e feminino. Os intersex, que nascem com genitália ambígua, foram ao longo do tempo associados à figura de Hermafrodito. Entretanto, longe de terem tratamento de deuses, são tratados como pessoas com desordens do desenvolvimento sexual (DSD), como caso de emergência médica a ser solucionado o mais rápido possível para que se adéquem ao padrão dicotômico de sexo feminino/masculino existente.

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