Crime organizado aspectos gerais

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Hipólito Machado Raimundo de Lima

Resumo

Desde sua gênese, o homem tem como característica a sociabilidade. Essa necessidade de viver em comunidade traz conflitos de interesses, tendo em vista que o indivíduo conserva traços primitivos, como a necessidade de garantir a sobrevivência, de alimentar a cupidez ou de obter algum reconhecimento social. Feitas essas considerações acerca da natureza inerente à qualidade humana, é correto concluir que o crime sempre acompanhou o homem. Mesmo diante das projeções mais otimistas, o delito jamais poderá ser totalmente extirpado da sociedade. Mas as formas de cometimento de delito não permaneceram as mesmas durante a evolução da humanidade. Se antes as autoridades responsáveis pela repressão ao crime trabalhavam com figuras bem caracterizadas, como assaltantes, estelionatários, estupradores e homicidas, hoje essa tipificação direta se tornou bem mais difícil de ser identificada. Na atualidade, o criminoso não mais exibe um estereótipo compatível com essa caracterização. No mais das vezes, são indivíduos com uma imagem social respeitada, exercentes de atividades lícitas habilmente usadas para “lavar” o dinheiro obtido por vias escusas. Somese a isto a boa instrução que normalmente acompanha os novos delinqüentes, além do relacionamento com pessoas influentes, o que lhes garante permanecer fora do alcance das autoridades repressoras.

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