A liberdade em descartes

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Antônio Jorge Soares

Abstract

Uma das características básicas do pensamento racionalista é sua densidade. Ela não permite que se encontre lacuna alguma em sua textura, de modo que, para as possíveis questões, já são ventiladas respostas. Todavia, há mentalidades simplistas que têm acesso às obras filosóficas dos racionalistas. Porém, não seguem os conselhos dos filósofos, dentre eles Descartes, acerca da necessidade de estudar seriamente seus escritos antes de aventurar uma opinião a respeito deles. E assim, terminam por se apressar em atribuir-lhes algo que, freqüentemente, eles efetivamente não proferiram. Neste artigo, procuraremos explicitar a concepção de liberdade em Descartes contida na obra a Quarta Meditação (1641). Todavia, como o pensamento denso do racionalista Descartes não permite que se analise um aspecto desvinculado de seus princípios fundantes, faz-se necessário examinar a terceira parte de Discurso do Método (1637). Nessa obra, ele trata da moral provisória que adotara, da carta endereçada à Princesa Isabel, da Boêmia, onde ele trata das verdadeiras e das aparentes virtudes, e da carta dirigida ao tradutor francês do livro Princípios de Filosofia (1644).

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