Uma análise crítica da medida de segurança frente à tendência da desinstitucionaliação cotejo da problemática dos limites temporias máximo e mínimo

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Karin O' Donnell Kyburz

Resumen

Desde a antiguidade até a era moderna, a sociedade busca “purifi- carse” para manter sua integridade e sobrevivência. A forma encontrada de eliminar as frustrações sociais foi através do que Thomas Szasz chama de scapegoat , ou seja, bode expiatório, visto como símbolo de mau, que é necessário expurgar da ordem social. Desse modo, ao longo da história, a sociedade vem excluindo, segregando e institucionalizando parcelas diferentes da população, isto é, eliminando frustrações mediante a separação de minorias. Assim como o bode foi sacrifi cado por motivo religioso, as feiticeiras e hereges foram queimados no período da inquisição por demonstrarem certa ameaça ao catolicismo, os leprosos, além de não serem medicamente tratados, encontraram na própria doença a razão da exclusão, os vagabundos, os desempregados, os inválidos, os ociosos, os mendigos e muitos outros economicamente improdutivos tornaram-se para o Estado, por motivos políticos e de mercado, indivíduos que deveriam ser expurgados em prol da ordem social. Nesse mesmo contexto insere-se o louco, como mais um dos personagens da tragédia da exclusão, num primeiro momento mediante pretextos místicos, como a possessão 2diabólica .

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