As raízes da soberania popular

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Severino Coelho Viana

Abstract

Na luz ofuscante de nossa terra pátria, onde esquenta o torrão da miscigenação de um povo sofrido, na luta permanente em afastar as constantes contrariedades registradas no passado, na busca incessante do sol da liberdade, que o conduz como o ideal maior, ainda vive um povo apagado, deprimido e depilado sob cinco séculos de esperanças quase mortas. Um povo que traz nos ombros uma singela melancolia e, ao mesmo tempo, carrega dentro do seu próprio ser as substâncias de um coração que aviventam as forças para não se render à prepotência dos portentosos nem se curvar ante a submissão do despotismo desenfreado que se assentam na poltrona do poder político. Apesar desse poder político que tanto o maltrata, no presente momento, mais do que nunca, o povo vem tomando as rédeas do seu poder originário, na tentativa de dar um basta às atrocidades praticadas pela tirania. A esse respeito, 1expressa-se Manoel Bomfim , com autoridade: “O amesquinhamento do Brasil é essa mesma degradação dos dirigentes, dominando o aviltamento do povo. As sociedades modernas valem pelo pensamento, para o bem, para o mal. E nós valemos como um país cujos dirigentes só se definem pela incapacidade, e cuja massa se conserva, sistematicamente, no embrutecimento preciso para a supremacia da mesma incapacidade”.

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