Atendimento humanizado prática de homens que sabem ser homens

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Janice Oliveira da Silva

Resumen

Sabendo que as transformações sociais advêm de um processo de sucessiva aprendizagem de condutas comportamentais, pareceu ser particularmente oportuno considerar o aprofundamento do estudo do Direito como fruto das especificidades culturais de cada sociedade, para reflexão das relações de poder que esfacelam o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, por desrespeito à etnia, à situação econômica, à idade, etc. Para tanto, este estudo utilizou dados históricos da cidade de Areia-PB, no século XIX, com o objetivo de demonstrar a importância do Atendimento Humanizado nos diversos setores do Direito - das faculdades jurídicas às áreas de atuação em fóruns ou ministérios públicos, visto que, por mais que os processos somem volumes de papéis, as demandas jurídicas tratam conflitos de seres humanos, quer como agentes causadores de algum dano, quer como vítimas de algum mal provocado por outrem. Assim sendo, com base, pois, nos preceitos teóricos de Viñar (1989), Portela (2010), Comparato (2010), Castro (2014), dentre outros, optou-se por promover uma reflexão, através do resgate de alguns trechos da história de Areia-PB, que conserva mecanismos de realimentação de um direito autoritário, para sugerir, através dos dados coletados, que a aplicação de um atendimento humanizado dentro do âmbito jurídico - dando condição de que todos os indivíduos possam ser tratados como pessoas, como seres humanos, como homens ou mulheres que são partes de uma memória coletiva - é a afirmação de fato e de direito de que somos da subespécie Homo sapiens sapiens, sabemos que sabemos ser homens. 

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